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COMUNICAÇÕES APROVADAS

I COLÓQUIO JLB

OS BRUXOS DA LITERATURA: UM DIÁLOGO ENTRE BORGES E MACHADO

Juliane de Sousa Elesbão

 

Resumo: Duas ficções que se tocam, dois escritores com pontos em comum. Assim constatamos com Machado de Assis e Jorge Luis Borges, dois expoentes da Literatura da América Latina e, por que não, mundial. Com muitos pontos coincidentes em suas narrativas, com sutis diferenças gradativas de profundidade, incitaremos uma reflexão sobre o paralelo que pretendemos traçar entre o “Bruxo do Cosme Velho” e o “Viejo Brujo”, visto que os referidos escritores representam fontes permanentes para todo aquele que, de uma forma ou de outra, busque a inteligência aplicada à arte literária. Grandes nessa imensa “cidade invisível” que é a literatura mundial, construíram obras que não se extinguem. Para nosso modesto trabalho, pinçamos da rica e múltipla obra de Machado e de Borges dois pequenos contos, sobre os quais pretendemos estabelecer uma investigação comparativa. São eles: Missa do Galo (1894), e Ulrica (1975). A partir daí, buscamos, dentro do possível, contribuir modestamente com algumas questões literárias mais amplas relativas aos dois escritores, cuja maestria no trato com a linguagem literária impõe a nós, leitores, a prestigiosa tarefa de co-produzir os seus textos.

 

PALAVRAS-CHAVE: Literatura Comparada. Conto. Machado de Assis. Jorge Luis Borges.

ESSE OFÍCIO EM ABERTO: BORGES E A CRIAÇÃO INFINITA

Jorge Luiz Adeodato Junior

 

 

Resumo: O presente trabalho ocupa-se do pensamento borgeano no campo da criação literária, especialmente por via das lições que compõem a obra This craft of verse (2000). Nestas falas, proferidas na Universidade de Harvard entre 1967 e 1968, saltam por entre as linhas não apenas a personagem do escritor em incessante busca por uma poética, mas também a do artesão envolto em questões sobre sua própria prática. De que forma estas reflexões poderiam ilustrar procedimentos literários dentro de um texto de Borges? Encarando este questionamento como norte para um debate propõe-se, através de minuciosa leitura destas lições em conjunto com a obra do escritor argentino, sobrepor exemplos que irradiam tanto pela prosa quanto pela poesia de Jorge Luis Borges. Intenta-se, também, rascunhar caminhos por sobre os quais estes ensinamentos encontram ecos na produção literária recente - sobretudo a brasileira, onde ressoa em diversos autores, de Daniel Pellizzari a André Capile.

 

PALAVRAS-CHAVE: Crítica literária. Criação. Teoria.

04.12

15h30

 

04.12

15h45

 

04.12

16h00

 

PIERRE MENARD E FAHRENHEIT 451:

A SOBREVIVÊNCIA DA LITERATURA POR MEIO DA TRADUÇÃO

Isadora Meneses Rodrigues

 

Resumo: Este trabalho tem por objetivo refletir sobre a prática da tradução a partir de uma análise comparativa entre o conto Pierre Menard, autor de Quixote (1999), de Jorge Luís Borges, e o filme Fahrenheit 451, de François Truffaut, adaptação do romance homônimo de Ray  Bradbury. A ideia é aproximar o personagem Pierre Menard, reescritor de Dom Quixote no século XX, dos bookmans de Bradbury, pessoas que decoram os seus livros favoritos para que eles não desapareçam na sociedade totalitária imaginada pelo autor, fazendo um parelho com o cineasta François Truufaut, responsável pela adaptação cinematográfica de inúmeros romances. Defenderemos, com base em autores da cultura visual e da teoria literária, como Jacques Rancière, Georges Didi- Huberman e Robert Stam, que a tradução coloca a literatura no tempo histórico de forma anacrônica, colocando os textos em movimento e acrescentando novas “verdades contraditórias”, como diria Mário Vargas Llosa, ao jogo de “originais” e traduções.

 

PALAVRAS-CHAVE: Tradução. Adaptação. Sobrevivência. 

04.12

16h15

 

DE BEOWULF A JEKYLL E HYDE: VINTE E CINCO AULAS DE LITERATURA INGLESA COM JORGE LUIS BORGES

Francisco Carlos Carvalho da Silva

 

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo discorrer acerca do curso de Literatura Inglesa, que Jorge Luis Borges ministrou no ano de 1966, na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires. O curso foi organizado em vinte e cinco aulas, que englobam desde a chegada dos anglo-saxões às ilhas britânicas, quando do abandono destas pelas legiões romanas (aula nº 1), até a obra de Robert Louis Stevenson, com ênfase para The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde (aula nº 25). Jorge Luis Borges nasceu Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo, em Buenos Aires, cidade na qual sua obra literária começaria a ser publicada na década de 20. Na década de 50, com a queda de Perón, Borges foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional Argentina. No mesmo período, tornou-se professor da Universidad de Buenos Aires, lecionando Literatura Inglesa e Literatura Norte-Americana. O Curso de Literatura Inglesa, de Jorge Luis Borges, foi publicado no Brasil pela editora Martins Fontes. A organização, pesquisa e notas são de Martín Arias e Martín Hadis, com tradução de Eduardo Brandão. Como metodologia, abordaremos as temáticas eleitas por Borges para a composição do Curso, destacando sua relevância. Como embasamento teórico, recorremos aos estudos de Blamires (1974), Thornley (1976), Bloom (1994), Drabble & Stringer (1996), Borges (2006) e Burgess (2006). 

 

PALAVRAS-CHAVE: Borges; Literatura Inglesa; Docência.

05.12

09h30

 

05.12

09h45

 

05.12

10h00

 

ENTES DA IMAGINAÇÃO: UMA LEITURA DE O LIVRO DOS SERES IMAGINÁRIOS, DE MARGARITA GUERRERO E JORGE LUIS BORGES

Geórgia Gardênia Brito Cavalcante Carvalho

 

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma leitura de O livro dos Seres Imaginários (1982), de Margarita Guerrero e Jorge Luis Borges, enfatizando a presença do mítico, do metafísico e do místico na referida obra. O trabalho em questão é um dos mais específicos em sua vasta e diversificada produção, uma vez que retrata os mais variados entes engendrados pela imaginação humana ao longo dos tempos. Dessa forma, O Livro dos Seres Imaginários se mostra não apenas como um repositório dos bestiários medievais, mas também como uma reunião de diferentes culturas e mitologias, independentemente de distâncias temporais ou espaciais. Diferentemente do restante da obra borgiana, finalizada com a morte do autor, o livro em questão mostra-se inesgotável, por se constituir em uma ininterrupta leitura tal qual acontece com as formas variáveis que são reveladas por um caleidoscópio, tendo-se em vista a existência infinita dos seres imaginários. Como embasamento teórico para a presente pesquisa, recorremos aos estudos de Eliade (1954), Borges (1982), Brandão (1991), Campbell (1992), Bloom (1994), Barthes (2001), Warner (2009).

 

PALAVRAS-CHAVE: Borges; Guerrero; Seres imaginários.

05.12

10h15

 

O PESADELO DO ABANDONO: UM ESTUDO COMPARADO ENTRE LA PESADILLA DE JORGE LUIS BORGES E PORTAS FECHADAS DE RAYMUNDO NETTO.

Maria Lilian Martins De Abreu

 

Resumo: O pesadelotem fascinado diferentes áreas do conhecimento humano. Não raro, o tema tem sido apropriado também pelas diversas linguagens artísticas; em especial, a literatura tomou-o como matéria de criação poética. Neste sentido, o presente estudo se propõe a investigar como o escritor Jorge Luis Borges (1899 -1986) interpreta o pesadelo em seu sistema de criação literário para, com isso, traçar confluências entre o seu pensamento artístico e a criação contística cearense do escritor Raymundo Netto (1967). Desta forma, serão analisados os textos “La Pesadilla” de Jorge Luis Borges, publicado em seu livro póstumo: Siete noches (1980) e o conto “Portas Fechadas” do escritor Raymundo Netto, publicado em: Os Acangapebas (2012), obra vencedora do edital de Incentivo à Literatura da Secretaria de Cultura de Fortaleza (2007) e do Prêmio Osmundo Pontes da Academia Cearense de Letras (2011). Entendemos como um dos resultados obtidos neste estudo, a presença do “experimento temporal” de Netto, evocado por Borges, sugestionado a partir de imagens oníricas que expressam terror e abandono, bem como, a sua representação do sobrenatural aproximando realidade e ficção em um engenhoso trabalho de criação literária. É relevante, ainda, mencionar a investigação do universo ficcional de Netto como contributo da difusão das pesquisas sobre os autores contemporâneos, sobretudo, os cearenses em âmbito acadêmico. 

 

PALAVRAS-CHAVE: Pesadilla; Abandono; Conto; Terror.

REVERBERAÇÕES LUCRECIANAS EM TRÊS CONTOS DE BORGES:

ENTRE O FANTÁSTICO E O INSÓLITO

Francisca Luciana Sousa da Silva

 

Resumo: Qual a natureza do Aleph? Há sacralidade no tempo? Casa e mundo constituem o mesmo lugar? A resposta estaria no mito ou na literatura? Seria este espaço-tempo lugar do insólito, do insondável, do fantástico, do maravilhoso ou tão-somente a natureza de todas as coisas, como já sugeria Lucrécio em De Rerum Natura? Nesta comunicação, propomos uma releitura de Borges à luz de Lucrécio, filósofo romano (circa 96-55 a.C.), nominalmente mencionado no capítulo III de História da Eternidade (1936). Nesse livro, o filósofo Borges dialoga com outros mestres da Antiguidade acerca do tempo, entre eles, Platão e Plotino; filósofos contemporâneos, assim nos parece, vão retomar algumas das reflexões aí trabalhadas, como a de temporalidades múltiplas (Didi-Huberman, Peter Pál Pelbart). Além de matéria filosófica, o tempo, “cópia despedaçada da eternidade” (BORGES, 2000:392), é matéria literária em contos classificados como fantásticos pelo próprio autor e sobre os quais pretendemos estabelecer algumas relações. São eles: As ruínas circulares (Ficções, 1941), que Borges chama irreal; A casa de Astérion e O Aleph (O Aleph, 1949). Embora a citação direta de Lucrécio só apareça em texto de natureza filosófica, reconhecemos algumas reverberações lucrecianas nos contos aqui elencados: a concepção de simulacro (também trabalhada por Platão); a origem e a natureza dos sonhos; a morte, a doença e a loucura; a imortalidade. Seria este um diálogo demasiado insólito? Não no labirinto borgeano, onde o canto inebriante das sereias segue no mesmo mar em que ecoa o canto salvífico de Orfeu (“A arte narrativa e a magia”, 1932).

 

PALAVRAS-CHAVE: Borges. Lucrécio. Filosofia. Fantástico. Insólito.

A FIGURA REGIONALISTA DO GAUCHO NOS CONTOS "O FIM" E "O SUL",

DE JORGE LUIS BORGES

Daniel Alcântara

 

Resumo: Os contos “O fim” e “O sul” do autor Jorge Luis Borges têm como uma de suas características a figura regional do gaucho como personagem principal, em que o elemento de aproximação dessa figura é o espaço físico do pampa. Este pode ser encontrado na região meridional da América do Sul, que abarca o Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai. Contudo, como objetivo principal, o estudo dos contos contemplará apenas o gaucho dopampa  argentino. O foco de análise nos contos em que tem esse personagem como tema central, é o gaucho, que em um primeiro momento, se forma do contato do colono com o nativo, em outras palavras o gaucho será filho majoritariamente de um pai espanhol e de uma mãe nativa.Como metodologia, o trabalho terá grande ajuda do autor Alberto Zum Felde, quem explica que o gaucho tenha provavelmente surgido na região denominada de Banda Oriental, que compreendia ao país da República Oriental do Uruguai na sua formação inicial, e, como resultados parciais, vale citar que a etimologia que surgiu em meados do século XVIII pode remeter aos nativos Quechua (povos nativos que encontravam-se na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru). Como conclusão, fica nítido que o gaucho representado pelos personagens Moreno, Martín Fierro e Recabarren no conto “O fim” traçam ações típicas e elementos intrínsecos que os caracterizam. 

 

PALAVRAS-CHAVE: Gaucho, Tegionalismo, Jorge Luis Borges.

LOCAL DE APRESENTAÇÃO:

AUDITÓRIO RACHEL DE QUEIROZ, CENTRO DE HUMANIDADES 2

 

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